Exposición en Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

Estêvão da Fontoura: Desobeciência – Arte e ciência no tempo presente

Dónde:
Museo de Arte de Río Grande do Sul Aldo Malagoli - MARGS / Praça da Alfândega, s/n / Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Cuándo:
18 sep de 2021 - 21 nov de 2021
Inauguración:
18 sep de 2021
Artistas participantes:
Descripción de la Exposición
O Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac-RS), traz a público neste sábado, 18.09.2021, a exposição “Estêvão da Fontoura: DESOBECIÊNCIA – Arte e ciência no tempo presente”. A inauguração se dará junto com a abertura do Museu, que neste dia ocorrerá extraordinariamente às 13h. A mostra individual, que tem lugar nas Salas Negras do Museu e seguirá em exibição até 21.11.2021, é o resultado final do projeto de mesmo nome, originado em 2014, a partir do encontro no Vila Flores, em Porto Alegre, do artista Estêvão da Fontoura, participante do Projeto Casa Grande (Prêmio Funarte de Arte Negra 2012), e do sociólogo Joel Grigolo, membro fundador do Hackerspace Matehackers. O projeto tem financiamento do Pró-cultura RS FAC (Fundo de Apoio à Cultura) – edital FAC Movimento, do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, com produção executiva da Stephanou Cultural e ... apoio da Gráfica Odisséia, Hackerspace Matehackers, MARGS, Instituto Federal do Rio Grande do Sul – Campus Osório e DEDS: Departamento de Educação e Desenvolvimento Social da UFRGS. No MARGS, “Estêvão da Fontoura: DESOBECIÊNCIA — Arte e ciência no tempo presente” integra o programa expositivo do MARGS intitulado “Poéticas do agora”, dando sequência às mostras “Bruno Borne – Ponto vernal” (2019/2020) e “Bruno Gularte Barreto – 5 CASAS” (2021). Dedicado a artistas atuais cuja produção recente tem se mostrado promissora e relevante no campo artístico contemporâneo, o programa destaca pesquisas em poéticas visuais artísticas que investem na investigação e experimentação de linguagem, bem como na transdisciplinaridade dos meios, operações e procedimentos. Além de integrar o “Poéticas do agora”, a individual “Estêvão da Fontoura – DESOBECIÊNCIA: arte e ciência no tempo presente” estabelece também uma interface com o programa público do MARGS intitulado “Presença negra”, atualmente em andamento e que busca discutir e refletir sobre a presença de artistas negros e negras no Museu. A EXPOSIÇÃO A mostra “Estêvão da Fontoura: DESOBECIÊNCIA — Arte e ciência no tempo presente” é composta por 17 obras em diversas linguagens, como desenho, vídeo, livro de artista, objetos e “gambiarras tecnológicas”, provocando o público a pensar nas percepções cotidianas em relação ao tempo e ao espaço na cidade. Os trabalhos são apresentados em 5 eixos expositivos: (1) Previsões do futuro; (2) Distorções do tempo; (3) Videolivros; (4) Videodesenhos; e (5) Obras-experimento. De forma leve e bem humorada, Estêvão utiliza alta e baixa tecnologias para problematizar questões relacionadas ao ritmo, ao tempo passado, presente e futuro, arriscando algumas previsões que poderão ou não se confirmar ao longo da exposição. Dentre as 17 obras presentes na exposição, 2 são denominadas pelo artista como “obras-experimento”, trabalhos que resultam de “gambiarras tecnológicas” e oficinas com jovens estudantes de escola pública. Nas palavras de Estêvão da Fontoura: “Experimento artístico, social e educacional, convidando estudantes a criarem conteúdo para estas duas obras, provocando reflexões e debates sobre arte, tecnologia e sociedade. Em uma destas obras-experimento, estudantes do Ensino Médio serão provocadas e provocados a propor o conteúdo para frases luminosas que flutuarão no ar. Para isso, a obra ‘L.E.D. – Luzes em experimentos dialógicos’ será montada sobre um ventilador adaptado, onde 5 LEDs alinhadas verticalmente, controladas por uma placa Arduino Nano, piscarão em sincronia com as Rotações Por Minuto (RPM) para formar, a partir do fenômeno da Persistência da Visão (POV), as frases propostas pelas/pelos participantes das oficinas. A obra é uma parceria do artista Estêvão da Fontoura com o sociólogo Joel Grigolo, ambos membros do Hackerspace Matehackers. No eixo “Obras-experimento”, será exibida também a obra “A revolução será televisionada” (2015), outra parceria com Grigolo, que consiste em um televisor hackeado, transformado em um aparelho capaz apenas de fazer sua autocrítica, peça que está em processo de doação ao acervo do Museu. A obra, além de ter sido exposta na exposição de encerramento do Projeto Casa Grande, “Nigredo: obra e em negro” (2015), no Vila Flores, e na primeira individual do artista, “Arte Negra Parede Branca”, no Centro Histórico-Cultural Santa Casa (2018), integrou a Mostra Coletiva do 2º Prêmio de Arte Contemporânea da Aliança Francesa (2018). A montagem contará com a série de 3 livros de artista onde o texto não será verbal, mas visual, e cada página conterá um fotograma de um vídeo, possibilitando que o leitor, ao folhear rapidamente o livro, como num flipbook, assista aos lábios do artista dizendo frases como “leia meus lábios”, “duas palavras” e “meia boca”, viabilizado pelo edital e que será distribuído gratuitamente. TEXTO DE APRESENTAÇÃO Estêvão da Fontoura: DESOBECIÊNCIA: arte e ciência no tempo presente A exposição da mente a raios seculares de radiação massificante. Os túneis milenares de uma lógica há muito ultrapassada, como o encanamento enferrujado de um prédio edificado em sangue. Quais seriam as consequências de se ter o tempo e o espaço sempre em um contínuo pétreo, pavimentado por certezas vaziamente convictas e plenamente rasas? As relativizações temporais e espaciais vividas no último século quebraram muros e, junto com ciência, tecnologia e educação, construíram conexões verdejantes com o cheiro fresco da esperança. Usando da putrefação que se alastra ainda de tempos sombrios, a exposição “DESOBECIÊNCIA: arte e ciência no tempo presente” propõe uma pesquisa sobre as dimensões que nos cercam e a relatividade temporal e suas relações com os meios artísticos, resultando em diversos trabalhos que explicitam algumas das ilusões contemporâneas presentes em nossas cosmovisões. Esta exposição traz a público um contato com explorações artísticas e literárias que transcendem mídias e fogem à linearidade cotidiana. Não há, nela, a proposição de ser entendida como ciência. Porém, a desobediência tecnológica – subversão dos fins iniciais de aparelhos elétricos feitos industrialmente para fins adaptados que supram às necessidades específicas de grupos únicos – que surfa na cultura hacker, leva, inerentemente, a ares empíricos e tecnológicos que advém do método científico. Não uma feira de ciências, mas, usando conceitos teóricos formais como contexto para a realização artística de provocações e protestos tocantes aos tempos atuais, as obras expostas aqui confinam distorções temperamentais, previsões futurísticas, invenções tecnológicas, entre outras ferramentas desenvolvidas para a expressão de conhecimento subjetivo. A inadimplência referida no título concerne à ruptura com a lógica de massas e ao manipular (cri)ativo e crítico do tempo e do espaço à nossa volta. Dentro de um momento histórico no qual se duvida e ataca a arte, a educação e a ciência, esta exposição une, ao olhar artístico do tempo, as áreas do conhecimento para, com toda a força, afirmar a importância de todas elas, integradas e sem distinção de hierarquia. Valorizando a arte e a cultura afro-brasileira, inspira-se livremente em conceitos apresentados por cientistas consagrados, propondo um desafio aos suportes artísticos, que resulta em obras referentes a assuntos tão rotineiros quanto impensados, com temas tempo-espaciais, estéticos e sociológicos. Fenômenos ainda inexplicados e até inexplorados existem na natureza. Essa magnitude de complexidade pode ser encontrada por todo o vasto universo em que vivemos, e não apenas nos cosmos etéreos, mas também dentro da efêmera singularidade humana. Propondo-se a lançar luz sobre algumas sombras que pairam dentro de corpos, celestes ou não, a exposição atualiza estratégias já experimentadas no modernismo ao inserir conceitos filosóficos e práticos na arte, decolando da órbita rupestre de mídias isoladas para aterrizar em mundos alternativos, pontos de intersecção entre formas de expressão. Sem a certeza de estar na linha do tempo correta, mas com a absoluta convicção de contemplar, fomentar e inspirar – Arte. Nathan Barcellos, escritor Estêvão da Fontoura, artista

 

 

Entrada actualizada el el 14 ene de 2022

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