Dois espaços. Um jogo. Cada artista produz uma obra considerando um espaço expositivo previamente determinado e uma imagem fotográfica que integra a colecção dos Encontros da Imagem.
Atendendo a esta dupla condição, não se pretende estabelecer um mero diálogo entre obras, artistas e colecção. Trata-se de abrir o jogo às imprevisibilidades, sem estratégias de mediação entre história e verdade.
Imaginar o pensamento carregando a sua força.
Nenhuma reconstrução de sentido ou verdade da imagem dada, antes uma espécie de mar alto atravessado por uma multiplicidade de acções intempestivas.
Estilhaçar, interromper, diferir. Interpelar a complexidade de aspectos sociais, tecnológicos, maquínicos, económicos ou, se quisermos, o que faz falar a obra. Jogando-se nos enunciados do arquivo, a diferença mostra-nos que “longe de ser origem esquecida e recoberta, é a dispersão que somos e que fazemos”.
É durante o processo de produção, enquanto se escava o arquivo, que o jogo se dá a ver e que cada artista...e cada obra mutuamente se implicam.
João Tabarra e Nuno Ramalho expõem na Casa dos Crivos.
Dois espaços, três curadores, seis artistas. Doze obras, um jogo e alguma sorte.
Curadoria Eduarda Neves
Entrada actualizada el el 21 sep de 2017
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