Ao longo do tempo, por mais de 45 anos da produção artística de José Guedes, as referências constantes que encontramos sobre sua obra nos textos críticos apontam afinidades com as linhagens construtivas e com a abstração radical do minimalismo. Fênix (2018-2019) é uma série que se constitui a partir da hibridação dos meios. Entre a fotografia e a computação, uma série de operações vai constituir a finalização das imagens, nas quais a superfície planar da tela adquire feições tridimensionais. A complexidade destas imagens começa num ato de apropriação. Guedes apropria-se de imagens de artistas das vanguardas históricas como Henri Matisse, Pablo Picasso, Piet Mondrian, Tarsila do Amaral e das vanguardas artísticas, como Hélio Oiticica, Geraldo de Barros e Keith Haring, entre outros.