Exposición en Lisboa, Portugal

Francisco Tropa, João Maria Gusmão y Pedro Paiva

Dónde:
Fidelidade Arte (antes Chiado 8 - Espaço Fidelidade Arte Contemporânea) / Largo do Chiado, 8 / Lisboa, Portugal
Cuándo:
13 may de 2016 - 08 jul de 2016
Inauguración:
13 may de 2016
Comisariada por:
Descripción de la Exposición
O percurso destes artistas, de gerações muito próximas, tem vindo a desenvolver-se, em ambos os casos, em torno de universos ficcionais que configuram efectivas mundividências. Em qualquer dos casos, os projectos destes artistas vão-se articulando entre si ao longo do tempo, tecendo continuidades e desvelando genealogias pessoais em percursos idiossincráticos e completamente únicos. A construção da exposição parte da possibilidade de fazer conviver as obras, convocando novos sentidos e acrescentando novas complexidades à teia de relações que cada um dos projectos possibilita. As obras que se apresentam, nas três salas do espaço da Chiado 8 (os dois filmes em 16mm de Pedro Paiva e João Maria Gusmão e as peças de Francisco Tropa) possuem em comum a remissão para contextos ficcionais cujos contornos nunca são explícitos, bem como um fino humor que assenta, em ambos os casos, na ambiguidade entre a real possibilidade e a construção ilusória. Em ambos os ... casos, também, esta ilusão, o golpe do prestidigitador, denuncia-se desvelando o mecanismo interior da possibilidade sedutora do mistério. As obras de Francisco Tropa - parte delas já, aliás, apresentadas, noutras condições, neste mesmo espaço, fazendo parte da série de trabalhos genericamente intitulada Tesouros Submersos do antigo Egipto, foi apresentada pela primeira vez em 2008-2009, com uma sequela em 2013, tendo conhecido uma continuação em 2015 na exposição apresentada no Pavilhão Branco do Museu da Cidade e ainda um capítulo final exposto no mesmo ano no Musee Regional d’Art Contemporain Languedoc-Roussillon. O título da série, na sua duplicidade, aponta para um hipotético conjunto de relíquias recuperadas ao esquecimento e a um tempo perdido. Evidentemente, tal não é o caso, mas o caráter intemporal dos objectos de madeira e a efectiva aparência do exercício de uma arqueologia antropológica (que junta as memórias de Raymond Roussel, de Michel Leiris e Georges Bataille) envolvem o conjunto num halo de anacronia que perpassa pelas diferentes técnicas e suportes. Refira-se que os objectos remetem para a história da escultura, para o seu carácter evocativo e funerário, para as técnicas de encaixe e entalhe, programaticamente ostentando o carácter anacrónico. No entanto também os desenhos, na sua teia de referências a escritas codificadas, ou os diapositivos projectados, se encontram embebidos do mesmo manto de aparente obsolescência e anacronia. Esta característica também se encontra patente em ambos os filmes de Pedro Paiva e João Maria Gusmão. Em primeiro lugar pela utilização de filme 16mm, dispositivo que estes artistas têm vindo a usar sistematicamente, que possui uma fisicalidade inerente à película e ao flickering. Mais importante, no entanto, é o universo que estes artistas convocam: a memória da Patafísica, a construção metafísica irónica de Alfred Jarry que conduz à produção de uma ciência do individual e que questiona, na sua retórica paradoxal, a possibilidade do mundo como entidade explicável. Nesse sentido, podemos imaginar que esta exposição de Francisco Tropa e Pedro Paiva e João Maria Gusmão é a apresentação e o confronto entre uma epistemologia e uma antropologia paradoxais, unidas pela poética irónica da anacronia e pelo fascínio pelo que não é redutível a qualquer regra, nem condensável em qualquer discurso explicativo. Nesse sentido, também este texto é já redundante e excessivo, necessariamente, como qualquer tentativa de interpretação, votado ao fracasso. Delfim Sardo

 

 

Entrada actualizada el el 17 may de 2016

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