A partir do dia 27 de abril, visite a exposição Gil Delindro no Lagar e Celeiro da Quinta do Parque de Serralves.
Gil Delindro (1989, Portugal) é um artista sonoro e visual com reconhecimento internacional pela pesquisa ambiental site-specific que desenvolve, nomeadamente em lugares e paisagens desafiadoras. A prática artística de Gil Delindro baseia-se numa pesquisa que explora ligações entre ecologia, geologia, antropologia e acústica. As suas peças traduzem em paisagens sonoras espacializadas estados efémeros da matéria orgânica (como do solo e da madeira), de detritos geológicos ou da água.
As suas esculturas sonoras, nomeadamente as obras Burned Cork – Resilience (2021) e Fictional Forest (2020), em exposição no Celeiro e no Lagar da Quinta, respetivamente, transportam em si os efeitos imprevisíveis do tempo, clima, erosão e condições atmosféricas externas, em contraponto com dispositivos acústicos fabricados. Burned Cork – Resilience (2021) é uma homenagem à atividade portuguesa centenária da extração e trabalho...com cortiça, e ainda mais à própria árvore: o sobreiro e Fictional Forest (2020) é uma instalação onde se fundem o universo rural e a construção mecânica.
Delindro reflete assim as tensões contemporâneas entre humanos e um planeta com um ambiente em rápida mudança, questionando de que formas pode a perceção humana da “Natureza” ser desafiada.
A exposição de Gil Delindro, com a curadoria de Pedro Rocha, insere-se num programa do Parque de Serralves que procura explorar a relações entre o processo artístico e a ciência, uma oportunidade de diálogo para a sustentabilidade, atravessado pela poesia. Deste processo faz parte a construção de novas identidades dos espaços, imaginados e ou construídos do Parque, recursos singulares que desafiam a comunidade educativa a ativar a resposta à emergência ambiental.
Entrada actualizada el el 13 may de 2022
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