O trabalho consiste em uma videoinstalação na qual uma câmera de video é colocada em uma área externa do museu, atrás do espaço expositivo do foyer, para captar imagens e projetá-las, em tempo real, em seu interior. A exposição tem curadoria de Beatriz Lemos.

Índice tem a fotografia como base de concepção ao se pensar o deslocamento do olhar através de certo enquadramento e no reposicionamento de uma cena em um novo ambiente. Também faz alusão a relação histórica entre fotografia e arquitetura e a representação das cidades, na medida em que fornece indícios sobre a construção do imaginário sobre o lugar.

Luiza vem trabalhando na busca de pequenas rupturas na monotonia do cotidiano, em grande parte consequentes da relação do homem com a arquitetura. No caso do MAM, a experiência no espaço ... interno é bastante vinculada à visibilidade do entorno, mas existem pontos nos quais paredes bloqueiam esta ligação. A mostra Índice propõe o atravessamento de um desses pontos, a área 'esquecida' junto ao lago lateral, como se o espectador pudesse ver através da parede cega o que acontece do lado de fora do museu. Assim como na declaração da artista: 'E esta parede é o que interessa à obra, porque é a instituição, é a arquitetura e é a cidade; é a tela onde se vê o que acontece por trás dela mesma; é o que propicia a existência de um 'espaço-entre', um espaço de expectativas, palco de possíveis ações indeterminadas.'