Exposición en Ribeirão Prêto, Sao Paulo, Brasil

Narrativas em Processo – Livros de Artista na Coleção Itaú Cultural

Dónde:
Instituto Figueiredo Ferraz / Rua Maestro Ignacio Stabile, 200 - Alto da Boa Vista / Ribeirão Prêto, Sao Paulo, Brasil
Cuándo:
23 mar de 2016 - 21 may de 2016
Inauguración:
19 mar de 2016 / 16:00
Comisariada por:
Organizada por:
Enlaces oficiales:
Web 
Correo electrónico:
karina.betencourt@conteudonet.com
Descripción de la Exposición
"Narrativas em Processo - Livros de Artista na Coleção Itaú Cultural" no Instituto Figueiredo Ferraz, em Ribeirão Preto (SP). A exposição apresenta um conjunto de 65 obras que abarcam 150 anos de história da confecção de livros de artista; entre elas, quatro revistas originais de Ângelo Agostini, do século XIX, cinco publicações dos anos 1940 da extinta Sociedade dos Cem Bibliófilos, além de poemas concretos e livros-objeto contemporâneos de Waltercio Caldas, Brígida Baltar, Nuno Ramos, Odires Mlászho, Julio Plaza, Augusto de Campos, Arthur Barrio, Angela Rennó, só para citar algumas entre uma série de obras relevantes. A exposição reflete sobre os inúmeros dispositivos do chamado livro de artista. Existem duas linhas que se cruzam nessa exposição: a primeira é apresentar historicamente a transição e as possibilidades de forma, linguagem e pesquisa que o artista instaura em diálogo com o livro, transitando entre charges, design para capas de livros, álbuns de gravura, ... livros-objeto e ilustrações em tiragem limitada para clássicos da literatura; e, a segunda é discutir uma nova relação para os conceitos de livro e leitor que o artista elabora nesse tipo de produção. Chamo de dispositivos as vastas possibilidades de entendimento e fatura do livro. Incluo nesse escopo não apenas uma ação conceitual e/ou física no suporte livro produzida pelo artista, e que recebe uma tiragem limitada, mas também a ilustração de capas e demais intervenções gráficas realizadas pelos artistas nas publicações. Percebam que não quero confundir o que chamamos de livro de artista com simples livros ilustrados de grande tiragem com reproduções originais. Interessa apresentar e discutir a transformação do formato de livro que os artistas produziram, em especial no Brasil, ao longo de quase 150 anos. O livro para além de conter histórias e narrativas atreladas à palavra, passa a problematizar o seu próprio espaço de ação – a página – e o seu formato. As intervenções gráficas, plásticas e conceituais que os artistas realizam também se constituem como um campo de provas para as suas trajetórias. A distância entre uma pintura e a produção de uma capa torna-se menor porque ambos dialogam com o espaço pictórico, e nesse sentido um novo leitor e espectador das artes visuais são construídos. A leitura se dá também através das imagens, do espaço gráfico elaborado, e a ilustração, em especial, não é mais simplesmente uma reprodução plástica e visual do que foi escrito pelo autor. Ela agora tem o seu próprio campo de atuação e liberdade criativa. Como um livro pode ser visto, representado e transformado? Como a participação e a invenção artística traçam fronteiras com a literatura e o design? Estas são algumas questões que a exposição quer levantar para o público. A curadoria caminha por duas vias. A primeira é aproximar o que se pode conceber como livro de artista através das inúmeras possibilidades que a intervenção gráfica oferece, como por exemplo: o design para as capas; os álbuns de gravura; a charge, com o exemplo do pioneirismo de Angelo Agostini (1843-1910); e, as ilustrações para livros em tiragem limitada. Agostini tem um núcleo dedicado à sua obra em virtude da sua importância histórica e pelo fato de ainda não ter um conhecimento pleno de seu trabalho no meio das artes visuais. Partindo de uma série de trabalhos publicados em suas revistas, que atuou entre o Segundo Reinado e o início do século XX e que em sua linguagem ácida traça a identidade de um Brasil que transitava entre os anos finais do Império e a sua nova condição de nação republicana e livre (?) da escravidão, seguindo por livros publicados durante o período modernista que tiveram capas ou ilustrações produzidas por artistas como, por exemplo, Di Cavalcanti (para Uma tragédia florentina, de Oscar Wilde, em 1924) e Cícero Dias (para Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre, em 1937), passando por Flávio de Carvalho (para Poesias Reunidas, de Oswald de Andrade, em 1966), e finalmente chegando às intervenções feitas pelos poetas concretos entre os anos 1960 e 80, a mostra aborda distintas facetas do pensamento plástico na concepção gráfica e estrutural do livro. Percebam que o limite desse núcleo de trabalhos - anos 1970 - é o início do período de concepção dos chamados livros-objetos, que têm Augusto e Haroldo de Campos, Julio Plaza e Décio Pignatari como peças-chaves em sua concepção. Nos livros-objetos, observamos um diálogo com a prática escultórica assim como o anúncio para a abertura de uma produção, digamos, conceitual da linguagem do livro. A relação entre a poesia concreta e as artes visuais fundou uma nova forma de aparição do livro: ele toma uma forma escultórica na qual a palavra finalmente sai do plano e alcança a tridimensionalidade. Passamos a analisar palavra/poema/livro/escultura como algo indissociável. O livro não é mais apenas o lugar que guarda histórias mas se transforma também num objeto de intervenção plástica, resultando numa ampliação da ideia de uso e aparição da palavra. Poesia visual e os novos processos de construção do livro-objeto percorrem caminhos paralelos que volta e meia se cruzam. Invariavelmente são os mesmos artífices que estão pensando o poema também como objeto tridimensional. A segunda via é apresentar os distintos formatos - materiais e conceituais - que o livro de artista apresenta na contemporaneidade, tendo os livros-objetos, que tiveram os poetas concretistas como artífices, como paradigma. Depois de um balanço histórico da produção integrada entre o artista e a página do livro, o segundo módulo, digamos assim, dialoga especialmente com a produção dos últimos 30 anos. É o momento em que o livro-objeto e a obra-livro ganham uma maior amplitude conceitual e experimental, multiplicando o entendimento entre registros visuais e os literários ou narrativos. Dentro dessa perspectiva, foram criados segmentos curatoriais para que essas visões pudessem ser melhor observadas. São eles: “Uma escrita em branco”, “Livros-objetos”, “Rasuras” e “Paisagens”. Felipe Scovino Curador

 

 

Entrada actualizada el el 30 mar de 2016

¿Te gustaría añadir o modificar algo de este perfil?

Infórmanos si has visto algún error en este contenido o eres este artista y quieres actualizarla. O si lo prefieres, también puedes ponerte en contacto con su autor. ARTEINFORMADO te agradece tu aportación a la comunidad del arte.

¿Quieres estar a la última de todas las exposiciones que te interesan?

Suscríbete al canal y recibe todas las novedades.

Recibir alertas de exposiciones

Plan básico

Si eres artista o profesional… ¡Este plan te interesa! (y mucho)

  • Sube y promociona eventos y exposiciones que hayas creado o en los que participes ¡Multiplicarás su visibilidad!
  • Podrás publicar (y también promocionar) hasta 100 obras tuyas o de tus artistas. ¡Conecta con tus clientes desde cada una de ellas!
  • Disfruta de acceso a todo el contenido PREMIUM y al Algoritmo ARTEINFORMADO (Ecosistema AI e Indice AI de Notoriedad de artistas iberoamericanos).
  • Mantendremos actualizada tu perfil o la de tus artistas. Además, podrás contactar con los gestores de otras.
Exposición
09 may de 2024 - 24 sep de 2024

Museu d'Art Contemporani de Barcelona (MACBA) - Convent dels Ángels / Barcelona, España

Formación
21 sep de 2023 - 04 jul de 2024

Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) / Madrid, España

Exposición Online
24 abr de 2024 - 02 jun de 2024

Online

¿Quieres estar a la última de todas las exposiciones que te interesan?

Suscríbete al canal y recibe todas las novedades.

Recibir alertas de exposiciones