A Galeria Superfície tem o prazer de convidar para a abertura da exposição "Nervo Óptico – Conceitualismo e experimentação nos anos 70".
Surgido em meados da década de 70, o grupo "Nervo Óptico" foi um movimento de artistas de vanguarda do Rio Grande do Sul, com atuação entre 1976 e 1978. Sua inventiva produção - sobretudo usando a fotografia como suporte para experimentação - se destaca pela crítica à lógica de mercado como condutora das políticas culturais.
A exposição “Nervo Óptico – Conceitualismo e experimentação nos anos 70” será a primeira mostra histórica do grupo em galeria. Estarão em exibição obras da década de 1970 dos artistas Carlos Asp, Carlos Pasquetti, Clóvis Dariano, Mara Álvares, Telmo Lanes, e Vera Chaves Barcellos, caracterizadas pela experimentação em fotografia: colagens fotográficas, foto-perfomances, foto-livros, Super 8 e outras produções do Grupo. Paralelamente à exposição, Vera Chaves Barcellos e Mara Álvares participam da mostra “Mulheres radicais: arte...latino-americana, 1960-1985” na Pinacoteca do Estado de São Paulo.
A história do “Grupo Nervo Óptico” começa em 1976, quando um grupo de jovens artistas de Porto Alegre começaram a se reunir. Nesses encontros, discutia-se o contexto cultural e político do Rio Grande do Sul. Nesse mesmo ano, Carlos Asp, Carlos Pasquetti, Clóvis Dariano, Jesus Escobar, Mara Álvares, Telmo Lanes, Romanita Disconzi e Vera Chaves Barcellos redigiram e assinaram um manifesto crítico à ideologia de mercado como condutora de políticas culturais, e deram início ao que chamaram de Atividades Continuadas, que consistiu em dois dias de exposição de objetos, obras gráficas, fotografias, instalações, livros de artista, projeções, performances, ações e debates, e que tiveram lugar na sede do MARGS (Museu de Arte do Rio Grande do Sul).
“Nervo Óptico” foi o nome adotado por Carlos Asp, Carlos Pasquetti, Clóvis Dariano, Mara Álvares, Telmo Lanes e Vera Chaves Barcellos, em 1977, para denominar uma publicação mensal “aberta a novas poéticas visuais”. Impresso em off-set, no formato de “cartazetes”, esse material gráfico era distribuído de forma gratuita. Publicado mensalmente durante 13 meses, cada edição continha trabalhos inéditos de artistas do grupo ou convidados. Com a publicação dos “cartazetes” o trabalho dos artistas passou a repercutir fora do estado, rendendo aos artistas o nome “Grupo Nervo Óptico”, dado pelo crítico Frederico Morais em uma matéria de jornal, e posteriormente adotado pelo grupo.
As atividades do Grupo se estenderam até 1978 com as sessões criativas, que renderam um farto material fotográfico de ações e atividades experimentais, caracterizadas pelo humor e por jogos inventivos. O Grupo Nervo Óptico ainda participou de outras exposições, como as realizadas na Galeria Eucatexto e no Instituto de Artes, no Centro Cultural São Paulo e na Fundação Vera Chaves Barcellos.
Entrada actualizada el el 07 nov de 2018
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