Primeira mostra de carácter antológico no percurso de Carlos Nogueira, activo desde o início da década de 70. Esta exposição possibilitará um conhecimento abrangente da sua obra, e permitirá a exibição de obras poucas vezes expostas ou, em vários casos, inéditas.

Serão apresentadas obras entre os meados dos anos 70 e a actualidade, abordando relações de contiguidade entre os diferentes meios e processos trabalhados pelo artista, como a performance, o desenho, a escultura, a escrita ou os livros de artista, bem como os diversos modos de interpelação do espectador.

A ênfase especial que o trabalho de Carlos Nogueira coloca em questões associadas à paisagem, ao construído e às formas de habitar os espaços, será abordada a partir de condições intrínsecas ao próprio fazer da obra, nomeadamente pelo cuidado na escolha dos materiais (nobres ... ou de produção industrial, novos ou encontrados), pelo equilíbrio constante entre o efémero e o perene, pelo recurso a uma paleta cromática reduzida, pela importância da planificação, do projecto e da escrita, pelo cruzamento entre a gestualidade fluída típica dos processos de assemblage com os protocolos construtivos caros à arquitectura