Exposición en Lisboa, Portugal

Oleb, felcia e lbrd

Dónde:
Giefarte / Rua da Arrábida, 54 BC / Lisboa, Portugal
Cuándo:
02 dic de 2021 - 14 ene de 2022
Inauguración:
02 dic de 2021
Organizada por:
Artistas participantes:
Enlaces oficiales:
Web 
Descripción de la Exposición
IN DUBIO LIBERTAS Nesta exposição assistimos a um regresso e a uma continuidade. Embora mantendo a sua ligação docente à Universidade do Algarve, Xana volta a viver na capital trinta anos depois de se ter estabelecido em Lagos. Mas o artista garante também uma continuidade entre os dois tempos e espaços, não só porque nunca deixou de trabalhar e de expor, mas também porque as imagens que agora se mostram, (seleccionadas dentre centenas de outras datadas das últimas duas décadas) mantêm a identidade visual e temática que Xana forjou nos anos de 1980, quando da sua revelação e afirmação como artista. Valerá, pela ausência continuada de informação que rodeia (mesmo no tempo curto) os factos e protagonistas artísticos nacionais, recordar a pertença inicial de Xana ao grupo Homeostético cujos outros elementos (Pedro Proença, Pedro Portugal, Manuel João Vieira, Fernando Brito e Ivo), revelados logo nos primeiros anos de frequência da ... então ESBAL, tiveram, em Continentes: V Exposição Homeostética (1986, SNBA, Lisboa), a sua mais forte afirmação colectiva. Os jogos de imagens e ideias, a acumulação de citações visuais e literárias, em geral desviadas ou associadas de modo inesperado e humorístico, a desconstrução da seriedade discursiva da arte institucional a par da demonstração de uma forte componente intelectual e erudita, marcaram a actividade de parte dos elementos deste grupo. De qualquer forma, como a maioria dos grupos artísticos em Portugal, este foi sempre uma estrutura informal e de composição variável, cujos numerosos manifestos são determinados mais como provocação discursiva de alguns dos elementos do que como verdadeira doutrina comum. Xana sempre apareceu, neste conjunto, próximo de uma intervenção mais puramente visual, intensamente cromática aplicada em obras onde pintura e escultura se fundiam para criar novas formas tridimensionais, formalmente delirantes, acompanhadas por títulos também paródicos. Finalmente, a sua mudança para o Algarve acabou por afastá-lo das dinâmicas colectivas posteriores. A ousadia visual da obra de Xana quase dispensa discurso e teoria (como se de um puro delírio formal e cromático se tratasse), mas oculta em si a sabedoria das ideias e das palavras que lhe subjazem. Essas palavras podem surgir do exterior — como reflexão própria — mas o que prevalece e o que nesta exposição nos importa são os títulos com que o artista acrescenta sentido às obras e, mais ainda, as palavras que aparecem integradas na composição visual; palavras que se tornam (ou que são à partida) verdadeiramente desenhos, colagens, pinturas… Na maioria das obras apresentadas a imagem é logo uma palavra-desenho conduzindo-nos para um campo de trabalho herdeiro dos inúmeros usos da palavra nas artes plásticas e nas artes gráficas dos séc. XX e XXI. Essas palavras que se conjugam, que se ligam ou que se isolam entre si, são outros tantos modos de convocar o Caminho para o Paraíso, como o fez em 2001 (colectiva “Apresentação”, Museu da Electricidade, Lisboa, comissariado de João Pinharanda). Enquanto isso, Xana vai povoando outros desenhos de simpáticos seres extra-terrestres pensados segundo padrões de imaginação dos anos de 1950; vai distribuindo, nos seus écrans lúdicos e abstractos, um universo de flores psicadélicas, tão artificiais como os paraísos evocados; e vai desenhando estranhos raios celestes, colocando infinitas molduras dentro de molduras, criando ondulações e quadrículas, círculos e ovais que tudo invadem e circunscrevem… Toda a prática histórica da colagem, do cut-up ou da poesia visual é simulada na prática de um desenho linear, graficamente muito limpo, cujo colorido álacre, fluorescente e electrizante nos relaciona com revivalismos Op, cinéticos, psicadélicos e Pop. Em 1987 uma série de telas geométricas gigantes, cobrindo parte das muralhas da Fortaleza de Sagres (Festival Sagres, comissariado de João Pinharanda), exibiam palavras como “Ouro”, “Pimenta Longa”, “Rio” … Sempre houve, na obra de Xana, uma atenção ao real quotidiano, ao tempo local, ao tempo vivido e ao tempo que passa, atenção essa que foi actualizando nos seus temas e zonas de intervenção – de tal modo que podemos falar da sua arte como intervenção verdadeiramente social e política (Lar Doce Lar, instalação na exposição colectiva Depois de Amanhã, 1995, CCB, comissariado de Isabel Carlos; Arte opaca e outros fantasmas, exposição antológica: 1988-2005, 2005, Culturgest, Lisboa, comissariado de Alexandre Pomar e Lúcia Marques) através da escolha das palavras, das imagens próprias e das imagens recolhidas na comunicação social. É também o caso dos desenhos desta exposição cujas palavras Xana rasura ou deforma ou cobre ou às quais elimina ou troca algumas letras e sílabas criando jogos de adivinhação e decifração com as palavras e os conceitos de “Felicidade”, de “Belo” ou de “Liberdade”; isolando palavras carregadas também de sentido e que se contêm umas nas outras, como “RARA”, “MAR” ou “AR”; ou inscrevendo ainda, numa outra série, a palavra “NADA” rodeada de toda a riqueza de excessos gráficos e cromáticos do seu vocabulário. Por tudo isso podemos dizer ser esta exposição testemunho da inegociável LIBERDADA (leia-se “liberdadá”) da Arte e do artista que a conquista. João Pinharanda Lisboa, 1 de Novembro, 2021

 

 

Entrada actualizada el el 04 feb de 2022

¿Te gustaría añadir o modificar algo de este perfil?

Infórmanos si has visto algún error en este contenido o eres este artista y quieres actualizarla. ARTEINFORMADO te agradece tu aportación a la comunidad del arte.

¿Quieres estar a la última de todas las exposiciones que te interesan?

Suscríbete al canal y recibe todas las novedades.

Recibir alertas de exposiciones

Servicio Promoción

¡Dale más visibilidad a tu evento!

  • Accede a la mayor y más atractiva comunidad del arte iberoamericano de forma rápida, eficaz y económica.
  • Obtendrás una posición destacada en todas las secciones de ARTEINFORMADO, priorizando a los usuarios de la ciudad/país del evento.
  • Multiplica las visitas a la perfil de tu exposición.
  • Te garantizamos un mínimo de 25.000 impresiones cada 15 días. Además, podrás hacer un seguimiento en tiempo real de todas tus visitas diarias.
Premio
28 nov de 2023 - 31 ago de 2024

Madrid, España

Exposición
21 may de 2024 - 22 sep de 2024

Museo Nacional del Prado / Madrid, España

Formación
21 sep de 2023 - 04 jul de 2024

Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) / Madrid, España

Exposición Online
24 abr de 2024 - 02 jun de 2024

Online

¿Quieres estar a la última de todas las exposiciones que te interesan?

Suscríbete al canal y recibe todas las novedades.

Recibir alertas de exposiciones