Exposición en Niterói, Rio de Janeiro, Brasil

Olhos D''Água

Dónde:
Museu de Arte Contemporânea de Niterói - MAC Niteroi / Mirante da Boa Viagem, s/n / Niterói, Rio de Janeiro, Brasil
Cuándo:
05 oct de 2013 - 01 dic de 2013
Inauguración:
05 oct de 2013
Comisariada por:
Artistas participantes:
Enlaces oficiales:
Web 
Descripción de la Exposición

O Museu de Arte Contemporânea de Niterói inaugura dia 5 de outubro a exposição Olhos d'Água, de Suzana Queiroga, contemplada com o 5º Prêmio de Artes Marcantonio Vilaça - MINC - Funarte. A mostra apresenta uma grande escultura de ar (inflável): Olhos d'Água, que será doada ao acervo do MAC como contrapartida do prêmio. Sob a curadoria de Guilherme Vergara, também serão expostas de três séries de sete desenhos, três vídeos e uma pintura todos inéditos. Ainda em outubro a artista vai realizar uma exposição na galeria Artur Fidalgo e uma instalação em homenagem a Hilda Hilst na vitrine da Livraria da Travessa de Ipanema.

 

Olhos D'água é um trabalho se relaciona com a questão da morte do pai de Suzana, na década de 1960, em um acidente aéreo na Baía de Guanabara próximo ao aeroporto Santos Dummont, enquanto sua mãe ainda estava grávida da artista. ... O MAC fica exatamente em frente ao aeroporto que seria o destino de um pouso que não aconteceu.

 

'A localização do museu foi essencial para esse projeto. Lido com essas memórias simbolicamente, o despedaçamento e dissolução do corpo no mar, o fado, a espera de quem jamais virá. É um contato cada vez maior que faço com minha origem portuguesa. Para mergulhar nessa proposta, precisei pesquisar e abrir recentemente, junto com minha mãe, os arquivos que ela não via desde a época do acidente, as matérias do jornal, as cartas de amor de um para o outro, os diários do meu pai, telegramas, enfim, toda uma sorte de coisas que fizeram com que eu pudesse passar a conhecê-lo, e houve sintonias incríveis, os desenhos dele em azul, diários dele com as capas no mesmo azul que eu uso, telegramas de minha mãe falando de azul. Aos poucos, conheço esse homem com uma memória construída no hoje, o que talvez revestirá, com algum tipo de membrana esse buraco enorme que sempre senti dentro do peito', declara a artista.

 

Nesta exposição Suzana também revela que começou a pintar influenciada por um quadro feito por seu pai que descobriu aos quatro anos. E também fala sobre sua relação com as cores e em especial com o azul:

 

'Neste momento estou profundamente ligada a uma paleta de azuis profundos, azuis violetados, cinzas azulados e oceanicamente esverdeados. Minha relação com as cores agora só passa pelo que é céu, densidade atmosférica, ar, nuvem, e também mar, oceano e profundidade. Tenho um respeito tão grande pela cor, que é como se essa fosse algo que pairasse acima de tudo, pois a cor é a própria luz, e o seu comportamento mutante, desviante, relativo e infinitamente plural é de uma poesia imensa a qual penso que poucos artistas conseguem tocar. Sinto que não é uma operação meramente técnica ou objetiva, não basta saber as misturas e conhecer os pigmentos. Existe uma resposta maior que a cor me dá e que é proporcional ao quanto eu consigo me aproximar mais e mais delicadamente de seus sutis momentos de transformação vibracional. A cor 'ideia' logo me vem como algo pronto, idealizado, e plenamente dominado, porém, a cor que 'realmente' torna potente as minhas intenções diante de um trabalho somente será obtida a partir de uma busca, revalidada a cada instante, num percurso no qual é exigida a totalidade de minha atenção', completa.

 

Suzana Queiroga começou a trabalhar com infláveis há 10 anos, pelo anseio de ampliação dos limites da pintura. 'Ver a pintura fora do plano, no espaço. O material transparente, os reflexos do espaço em torno na película de PVC colorido se relaciona com aspectos da pintura, tais como transparências, manchas e pinceladas', explica.

 

Os primeiros infláveis surgiram em Tropeços em Paradoxos, de 2002, três peças relacionadas às pinturas da série de mesmo nome, que buscavam integrar o espaço real ao campo da pintura e não possuíam forma de exibição fixa, podendo ser reconfiguradas indefinidamente. Em 2005 foi a vez de Velatura, um inflável penetrável no qual a ambição da artista era a de submergir na pintura e na tinta. A pergunta onde está a pintura, dentro ou fora do inflável, levava ao questionamento da ideia de lugar da obra. Ao ingressar no trabalho o público também ficava tingido de vermelho pelo filtro plástico transparente e se integrava à obra e desse ponto de vista o espaço externo também fica cromatizado. Vitoria Suíte, de 2007, também inflável e penetrável, em azul, seguiu as mesmas questões do Velatura.

 

A partir de Vermelho Velofluxo, de 2008, inflável vermelho com gás hélio, a artista iniciou sua experimentação com a leveza e a flutuação. A obra se desloca com suavidade pela sala em função do deslocamento de ar provocado pela entrada das pessoas na sala de exposição. No mesmo ano realizou o balão de ar quente Vôo Velofluxo, uma aeronave cuja cúpula foi desenhada como uma cidade imaginada que sobrevoa cidades reais e vê os diferentes desenhos urbanos de cima. Uma gigantesca pintura tridimensional, 20x20x20 metros, que voa e tem o azul do céu como seu ambiente. Uma experiência de suspensão e de retirada das amarras do real e da gravidade. Na cesta o público experimentava a sensação de sobrevoar sua cidade e sentir o espaço de maneira absolutamente distinta, encontrar o silêncio e o deslizar do tempo.

 

Em 2012, Suzana criou especialmente para a Casa França-Brasil, a escultura penetrável O Grande Azul, com um volume de aproximadamente 68 metros cúbicos, que equivale a uma área de 30 metros quadrados, na qual o público podia entra e permanecer dentro da obra O trabalho relacionava a cidade do Rio de Janeiro com o Porto e o mar e também com a própria história da Casa França Brasil: a primeira alfândega e ponto de entrada na cidade após longas travessias marítimas. Segundo o crítico Fernando Cocchiarale, O Grande Azul inscreve-se no filão poético investigado nestes últimos anos por Suzana (Velofluxos). 'Este trabalho foi concebido como memória do sítio original à beira-mar em que foi construída a Praça do Comércio de D. João VI (atual Casa França-Brasil), o penetrável de plástico inflado, por meio da transparência e da cor (azuis e verdes) dos materiais de que é feito, evoca mar e céu. Cria uma ambiência cromática que articula cor (objeto) com circulação, encontros e relaxamento (visitantes).

 

 

 
Imágenes de la Exposición
Suzana Queiroga, Olhos D´Água

Entrada actualizada el el 26 may de 2016

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