Desenhos de Ana Valquaresma, Arthur Pugliese, Bruna Morena, Catarina Casais, Chana de Moura, Fábio Araújo, Filipa Gwan, Flor Rabaçal, Joana Silva, Mariana Barrote, Pedro Moreira e Tiago Eiras.
Comissários: Paulo Luís Almeida, Pedro Maia
Opacidade e transparência são as duas propriedades ópticas mais fundamentais da matéria. Nos seus extremos, referem-se à capacidade da matéria bloquear a luz e tornar-se a si própria visível, ou deixar-se atravessar pelos seus raios revelando as imagens que a luz transporta. Mas os dois termos habitam a nossa linguagem em muitos sentidos. Não é de estranhar, por isso, que sejam usados para qualificar o acesso ao conhecimento, a relação com o poder político ou os regimes imagéticos da arte, ligando e desligando o seu poder de mostrar e de significar.Hoje, a escolha entre a opacidade e a transparência qualifica também as estratégias de inscrição de uma geração de artistas no espaço de decisões da arte, da memória...histórica ou da política. Entre o “ideal da transparência” e o “direito à opacidade” do poeta Édouard Glissant, o desenho é um gesto que analisa, desmascara, expõe e comenta; ao mesmo tempo é a aceitação de uma obscuridade que se furta aos modos mais normativos com que as imagens se dão a conhecer.
Entrada actualizada el el 07 feb de 2019
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