A impressão de uma imagem sobre placa de barro, pedaço de papel ou tecido foi um dos primeiros recursos de expressão e informação estética -- senão de massa, pelo menos do maior número possível. Foi pela gravura, como pelo desenho, que, antes da fotografia, se tomava conhecimento de alguma notável obra de arquitetura, alguma comentada pintura ou paisagem insólita. E, depois do desenho, foi pela gravura que os artistas puderam expressar-se sem as restrições dos meios mais caros como a pintura. Esta, quando surgiu, revelou-se espetacular, pelas cores e pelo acabamento. Contudo, a gravura manteve seu prestígio junto aos artistas pela liberdade de expressão que permitia, a maior depois do desenho, e pelas possibilidades de experimentação (com os novos recursos da lito, água-tinta, serigrafia etc).
O MASP tem em sua coleção exemplos notáveis de gravuras, da tradição oriental à modernidade
... ocidental. A informação histórica está presente nessas peças; mais do que isso, porém, marcam-nas a emoção estética do belo exterior ou do estado de espírito interior, desde uma tradicional gravação a buril em papel, do século XVI, a uma atualíssima colagem de xerox. Um universo de narrativas do mundo e da vida está presente nesta segunda exposição de uma série iniciada em 2011 (com Papéis Brasileiros: gravuras) dedicada à arte em papel, mais contemporânea do que nunca.
Entrada actualizada el el 26 may de 2016
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Galería Elvira González / Madrid, España
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