Exposición en Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

Túlio Pinto — Momentum

Dónde:
Museo de Arte de Río Grande do Sul Aldo Malagoli - MARGS / Praça da Alfândega, s/n / Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Cuándo:
14 dic de 2019 - 22 mar de 2020
Inauguración:
14 dic de 2019
Artistas participantes:
Enlaces oficiales:
Web 
Descripción de la Exposición
O Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS) apresenta a exposição “Túlio Pinto — Momentum”, que tem inauguração no sábado 14.12.2019, às 16h, nas Pinacotecas, juntamente a outra individual, “Bruno Borne — Ponto vernal” (Salas Negras), e a nova fase da coletiva “Acervo em movimento — Um experimento de curadoria compartilhada entre as equipes do MARGS” (sala Aldo Locatelli). Às 15h, antecedendo a inauguração da mostra, haverá uma conversa com Túlio Pinto no auditório do museu, com a presença da curadora e crítica de arte Angélica de Moraes, integrando o programa público da exposição (as atividades da programação serão divulgadas durante o período expositivo). Já durante a abertura, das 16h às 19h, o artista Diego Passos estará realizando uma performance ao vivo diante do público, colaborando com um trabalho concebido por Túlio Pinto a partir dos materiais e da linguagem de suas próprias esculturas e objetos. As exposições seguem em exibição ... até 22.03.2019, quando os espaços expositivos do MARGS darão lugar aos preparativos para a 12ª Bienal do Mercosul, cuja abertura está prevista para o mês de abril. O MARGS funciona de terças a domingos, das 10h às 19h, sempre com entrada gratuita. Visitas mediadas podem ser agendadas pelo e-mail educativo@margs.rs.gov.br. O artista e sua pesquisa Com formação pelo Instituto de Artes da UFRGS e pelo Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre, cidade onde vive e desde onde atua, Túlio Pinto (1974) foi um dos criadores e integrantes do Atelier Subterrânea (ativo entre 2006 e 2015). Sua produção é marcada pelo uso de materiais como metal, pedra e vidro; os quais são mobilizados e articulados pelo artista em arranjos, mecanismos, composições e sistemas matérico-objetuais que lidam com pesos, forças, equilíbrios, tensões e os seus limites. São pedras, vigas de aço, lâminas e bolhas de vidro, cubos e estruturas de metal; os quais se sustentam e se acoplam por cabos, roldanas, barras, vigas, pedras pendulares e porções de areia, entre outros. Desse procedimento, resultam esculturas, objetos e instalações que exploram as potencialidades físicas e visuais dos materiais e das formas que assumem. A exposição “Túlio Pinto — Momentum” traz a público um conjunto de esculturas, objetos e instalações realizadas nesta década, incluindo alguns trabalhos inéditos. A curadoria é do diretor-curador do MARGS, Francisco Dalcol, que desenvolveu com o artista uma exposição concebida para proporcionar ao público uma profunda e intensa experiência a partir de uma ampla exposição de caráter escultórico e instalativo, destacando um conjunto de obras de grande porte e dimensões. Para receber a proposição do artista, pensada especialmente para o espaço expositivo mais amplo e nobre do museu, as Pinacotecas passarão por uma grande e impactantetransformação visual: o piso das 3 galerias será totalmente revestido por uma cobertura acarpetada, com o objetivo de anular as cores e os motivos decorativos dos ladrilhos, transformando o espaço em um grande “cubo branco” que privilegiará a visualidade e a presença dos objetos escultóricos que ali estarão instalados. Tendo nos últimos anos cruzado continentes, circulando por diversos países com exposições em instituições, museus, galerias, feiras, eventos e programas de residência — em 2019, o ponto alto foi uma mostra sua em Veneza durante a Bienal —, Túlio Pinto não apresentava uma individual em Porto Alegre desde 2013. Nesse sentido, a mostra “Momentum” chega justamente para pontuar e celebrar o momento de adensamento da produção e de maturidade da trajetória do artista, sobretudo pelo alcance de sua atuação nos últimos anos, ao mesmo tempo marcando sua primeira exposição individual no MARGS. Em sequência à mostra apresentada nas mesmas Pinacotecas em homenagem ao centenário de Francisco Stockinger, um artista notadamente vinculado ao ideário da arte moderna, “Túlio Pinto — Momentum” oferecerá agora uma circunstância para se pensar e experenciar os desdobramentos operados pelas pesquisas contemporâneas das linguagens escultóricas, em um campo já expandido de possibilidades, e no qual a abordagem da tridimensionalidade e da espacialidade se aprofunda pelo pensamento e práticas do artista, que exploram uma intensificada fundamentação conceitual, visual e poética. Biografia resumida Túlio Pinto (Brasília, 1974) é formado em Artes Visuais (2009, ênfase em escultura) pelo Instituto de Artes (IA) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Foi um dos criadores e integrantes do Atelier Subterrânea (ativo entre 2006 e 2015). Em suas esculturas, objetos e instalações, explora os equilíbrios, os pesos e as tensões dos materiais, das formas e dos sistemas que os configuram. Iniciou sua produção e trajetória em pintura, a partir de 2004, no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre, tendo estudado a seguir no Parque Lage do Rio de Janeiro. Recebeu diversos prêmios no Brasil e no Exterior e, nos últimos anos, realizou residências artísticas em países como Ucrânia, Canadá, Portugal, Estados Unidos, Inglaterra, Uruguai , Holanda e Espanha. Tem apresentado exposições individuais e participado de coletivas no Brasil e no exterior. Um dos destaques mais recentes é a individual “Land Line”, em Veneza, na Itália, apresentada pela Galeria PieroAtchugarry durante a 58ª Exposição Internacional de Arte – LaBiennaledi Venezia. Em Porto Alegre, sua última mostra individual havia sido “De territórios, abismos e intenções”, em 2013, no Santander Cultural, pelo Projeto RS Contemporâneo. Seus trabalhos integram acervos de instituições e coleções particulares no Brasil e no exterior. Vive e trabalha desde Porto Alegre. Texto curatorial Diante das obras de Túlio Pinto, somos invariavelmente acometidos por uma experiência impactante, a um só tempo também instigante e não menos desconcertante. Lidando com a tensão e o equilíbrio levados aos extremos de seus limites, suas peças e conjuntos escultóricos nos atingem como um sedutor apelo à visão, por conta da clareza, da concisão e da harmonia que emanam. Ao mesmo tempo, são obras que nos tornam conscientes da nossa presença, como parte integrante das situações que instauram; o que nos leva a perceber os nossos próprios corpos como parte constitutiva da experiência do ver e do sentir. Situados entre a escultura e a instalação — explorando, portanto, a tridimensionalidade e a espacialidade —, os trabalhos de Túlio Pinto resultam da elaboração de mecanismos e sistemas que exploram e articulam as potencialidades físicas e visuais dos materiais e das formas. São pedras, vigas de aço, lâminas e bolhas de vidro, cubos e estruturas de metal; os quais se sustentam e se acoplam por cabos, roldanas, barras, vigas, pedras pendulares e porções de areia, entre outros. Essas obras encontram sua linguagem visual e seu fundamento conceitual-poético não apenas na feição da matéria e nos modos com que é mobilizada e empregada; mas, sobretudo, nos tensionamentos e confrontos que estabelecem entre rigidez e fragilidade, força e resistência, equilíbrio e queda. Trata-se de uma produção orientada por um pensamento escultórico que lida, acima de tudo, com o movimento — ou, mais precisamente, com a sua contenção e anulação —, entendendo aqui a acepção mais tradicional, a da física mecânica, que define ser o movimento a variação de um ponto ou objeto no espaço em relação ao tempo. Contudo, a noção de movimento pode ser pensada de diversos modos no trabalho de Túlio Pinto, sempre operando um deslocamento, seja dos materiais ou dos corpos, tanto do artista como do observador. A partir desse entendimento, é como se os seus trabalhos transferissem a sedução inicial advindo do arranjo formal para o equilíbrio que encontram na tensão precisa investida na sustentação das estruturas. Nesse sentido, a ênfase que o olhar dirige à estrutura é conduzida para o sistema de forças que mantém o mecanismo estendido no limite de seu colapso. Estar entre um e outro é também se colocar em movimento. Assim, frente a tais obras, somos seduzidos pelas operações que as engendram, pela visualidade que adquirem e, acima de tudo, por aquilo que insinuam, ameaçam ou sugerem estar momentaneamente interrompido — ou na iminência de acontecer. Levados a essa profunda e elevada experiência da percepção do visível e do sensível, somos mais do que apenas e meros observadores daquilo que as obras proporcionam, uma vez que passamos a participar de um espaço-tempo específico, porque são peças e objetos que se espacializam no tempo ao mesmo tempo que se temporalizam no espaço. *** Essas linhas de força que configuram, perpassam e contingenciam os trabalhos de Túlio Pinto podem ser ainda melhor percebidas e compreendidas à luz da história da arte e das práticas artísticas que se seguiram aos anos 1960. Ao privilegiar uma prática escultórica enquanto campo expandido, Túlio Pinto dá corpo a uma obra que, sob o ponto de vista dos aspectos formais e processuais, encontra antecedentes na herança minimalista e em nomes como Anthony Caro, Charles Ginnever, Carl Andre, David Smith, Donald Judd, Giovanni Anselmo, Mark di Suvero, Richard Serra, Robert Morris e Tony Smith. A mesma aproximação vale para as chamadas neovanguardas, a exemplo dos conceitualismos, da land art, das performances, das instalações, da site-specificity, do in-situ e das práticas que enfatizam o processo e o espaço. Não se trata, contudo, de encapsular a produção de Túlio Pinto em uma leitura estritamente vinculada a paradigmas críticos e teóricos, notadamente os de matriz norte-americana da segunda metade do século 20, operação esta dada como insuficiente. Até porque, em suas peças e conjuntos escultóricos, é também possível identificar aspectos ressoantes das vertentes construtivas da arte brasileira dos anos 1950 e 60, desde o pensamento geométrico das formas aliado ao pensamento sobre os materiais, a exemplo de Amilcar de Castro e Franz Weissmann até os diálogos estabelecidos com o vocabulário formal e conceitual de artistas brasileiros contemporâneos como Cildo Meireles, José Resende, Nelson Felix, Nuno Ramos e Waltercio Caldas. Com suas proposições experimentais que se materializam ao concatenar o mundo das leis físicas em potência plástica, Túlio Pinto confere particularidades a seu trabalho diante da produção contemporânea, por conta das articulações tensas e limítrofes entre duas dimensões: a sugestão de equilíbrio precário e a sensação de queda iminente. Em nenhum caso anulando verdadeiramente as linhas de força que incidem sobre os objetos e os corpos, até porque essas forças estão ali trabalhando, tensionando-se, como um sistema provisoriamente resolvido, ainda que comungando do mesmo silêncio dos materiais, que são levados às fronteiras limítrofes da resistência que suportam. No que esses tensionamentos podem oferecer e sugestionar, Túlio Pinto atesta que é nos limites que podemos experimentar um fascínio singular do nosso estar no mundo. *** “Túlio Pinto — Momentum” traz ao MARGS uma proposição do artista para as Pinacotecas, apresentando uma seleção de trabalhos de anos recentes, incluindo alguns inéditos, cuja ocupação no espaço expositivo, o mais nobre do museu, foi pensada para proporcionar ao público uma profunda e intensa experiência a partir de uma ampla exposição de caráter escultórico e instalativo. Tendo nos últimos anos cruzado continentes, circulando por diversos países com exposições em instituições, museus, galerias, feiras, eventos e programas de residência — em 2019, o ponto alto foi uma mostra sua em Veneza durante a Bienal —, Túlio Pinto não apresentava uma individual em Porto Alegre desde 2013. Nesse sentido, “Momentum” chega justamente para pontuar e celebrar o momento de adensamento da produção e de maturidade da trajetória do artista, sobretudo pelo alcance de sua atuação nos últimos anos, ao mesmo tempo marcando sua primeira exposição individual no MARGS. Em sequência à mostra nas mesmas Pinacotecas em homenagem ao centenário de Francisco Stockinger, notadamente vinculado ao ideário da arte moderna, “Túlio Pinto – Momentum” oferece agora uma circunstância para se pensar e experenciar acerca dos desdobramentos contemporâneos operados pelas pesquisas das linguagens escultóricas, em um campo já expandido de possibilidades, e no qual a abordagem da tridimensionalidade e da espacialidade se aprofunda por práticas e pensamentos que exploram uma intensificada fundamentação conceitual, visual e poética. Francisco Dalcol Diretor-curador do MARGS Doutor em Teoria, Crítica e História da Arte SERVIÇO Título: “Túlio Pinto – Momentum” Artista: Túlio Pinto Curadoria: Francisco Dalcol Visitação: 14.12.2019 a 22.03.2020 Abertura: sábado, 14.12.2019, das 16h às 19h Local: Pinacotecas do MARGS Entrada gratuita Conversa com o artista Túlio Pinto Com presença da curadora e crítica de arte Angélica de Moraes Data: sábado, 14.12.2019 Horário: 15h Local: Auditório do MARGS Entrada Gratuita (capacidade de 60 lugares) MUSEU DE ARTE DO RIO GRANDE DO SUL – MARGS Patrocínio Banrisul BRDE Sulgás Apoio Café do MARGS Banca do livro Bistrôdo MARGS Arteplantas Celulose Riograndense Oliveira Construções Tintas Killing ISEND Realização Governo do Estado do Rio Grande do Sul Secretaria de Estado da Cultura do RS MARGS – Museu de Arte do Rio Grande do Sul AAMARGS – Associação dos Amigos do Museu de Arte do Rio Grande do Sul MARGS Praça da Alfândega, s/n° Centro Histórico, Porto Alegre, RS 90010-150 Visitação de terça a domingo, 10h às 19h, entrada gratuita Telefone: (51) 3227-2311 Site: www.margs.rs.gov.br Facebook: www.facebook.com/museumargs Instagram: www.instagram.com/museumargs

 

 

Entrada actualizada el el 17 dic de 2019

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