Deste modo, aqui, agora, se cumpre uma agendada exposição do pintor Carlos Correia na Galeria 111. Marcada de início para Setembro de 2018. Entretanto, o autor pôs fim ao seu trajecto e aqui estamos, neste momento, numa circunstância muito peculiar: não se trata de uma retrospectiva de Carlos Correia, pois a sua obra é de uma vastidão assinalável (pintura, vídeo, livros de artista, textos teóricos e literários); não se tratará de uma mera homenagem, pois a força das suas pinturas quase se liberta do seu autor (vivem além dele, como se costuma dizer), da sua mão ou reflexão que já não produzirão respostas ou contra-respostas às obras existentes, mas a interrompida biografia do autor permite-nos conhecer, de imediato, uma arte de experiências intermináveis, fazendo lembrar a vida de aprendizado artístico de uma personagem de um dos seus contos (inédito e sintomaticamente intitulado “Livro/Barco/Revolução”, 2015). Personagem de nome Ahmad que, fugindo...dos conflitos religiosos armados no Paquistão, experimenta uma fuga sem fim pelas águas do Mediterrâneo para acabar como empregado do Louvre onde assiste a uma conferência sobre o Le Radeau de la Méduse de Géricault
Entrada actualizada el el 30 sep de 2019
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