Descripción de la Exposición
A Superfície tem o prazer de apresentar a exposição Vestígios luminosos, individual de Gerty Saruê na sede da Vila Modernista. Com 14 desenhos em bastão oleoso, a mostra resgata o texto da professora e historiadora da arte Maria Izabel Branco Ribeiro escrito em 1993, na ocasião da exposição da artista no MAC USP, que trazia uma parte do conjunto de desenhos.
Gerty Saruê nasceu na cidade de Viena, Áustria, em 1930, e se mudou para São Paulo na década de 1950, onde acompanhou o crescimento desenfreado da metrópole. Desde o início de sua produção, nos anos 1960, o contexto urbano, a cultura de massa e a sociedade industrial assumem papel fundamental e estruturante no seu fazer artístico.
A obra de Gerty Saruê acompanha, ao longo dos anos, uma linha historiográfica dos meios de reprodução da imagem: tanto a técnica quanto as temáticas de seu trabalho refletem o pensamento gráfico e as possibilidades tecnológicas de diferentes épocas, em compasso com os progressos da atividade industrial.
A artista integrou importantes exposições, como a IX Bienal de São Paulo, em 1967 — e, novamente, as edições de 1969 e 1973 — e o Panoramas da Arte Atual Brasileira, no MAM São Paulo, em 1975. A década de 1970 marca a consolidação de sua carreira, tendo, para uma de suas exposições, o texto de apresentação escrito por Mario Schenberg.
Se até o fim dos anos 1980 a sua produção é frequentemente pautada pelo uso da fotografia analógica, de cópias eletrostáticas, impressões offset, cópias heliográficas e plotagens; em 1990, a artista troca a uniformidade da serigrafia e a linha precisa do nanquim pelo traço intenso do bastão de óleo. A adoção do novo meio é sintomática: suas intenções relativas ao desenho haviam sofrido transformações. Para Maria Izabel Branco Ribeiro, “o uso do bastão oleoso de diversas espessuras permitiu que [ela] concentrasse sua atenção no gesto e explorasse suas possibilidades”.
A série de desenhos de Gerty Saruê em bastão oleoso, realizada entre 1993 e 2003, possui movimentos ritmados, transformando a superfície do papel em zona de vibrações luminosas. Ela, por vezes, sobrepõe camadas de grafismos e cria teias que determinam situações diversas quanto ao sentido do traçado, à densidade da textura e à quantidade de matéria aplicada. Usando apenas a cor preta ou unicamente o branco sobre o papel também branco, alterando o modo como a luz incide. O registro do movimento e da pressão de seu gesto determinam o confronto entre áreas de brilho e de opacidade, de contração e de expansão.
O título desta exposição é uma referência ao texto homônimo escrito por Annateresa Fabris, em 1996, e publicado no jornal A Crítica. Vestígios luminosos tem abertura prevista para o dia 22 de maio de 2025, e permanece em cartaz até 19 de julho deste mesmo ano.
Premio. 01 abr de 2025 - 18 may de 2025 / Bilbao, Vizcaya, España
Exposición. 14 may de 2025 - 08 sep de 2025 / Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) / Madrid, España
Formación. 30 oct de 2025 - 11 jun de 2026 / Museo Nacional del Prado / Madrid, España