"Quando trabalhamos na organização do arquivo da Família Ferrez foi que descobrimos que Gilberto Ferrez tinha guardado todos os registros da primeira edição desse livro, inclusive layouts, várias "bonecas" e um volume considerável de correspondência". "Esse livro foi inaugural em vários campos, observa o também curador Pedro Vasquez. À época, havia pouquíssimos livros sobre o Rio, e a publicação inaugurou essa vertente. E também foi inaugural pela apresentação em si, pelo requinte e pela qualidade, pois Gilberto Ferrez era o maior especialista da época nesse gênero de crônica visual".
Julia Peregrino lembra que o livro levou mais de cinco anos para ser produzido, entre o esboço original e o seu lançamento. A realização da mostra, segundo Julia, só se tornou possível graças à colaboração de várias instituições como os Museus Castro Maya, o Arquivo Nacional, a Biblioteca Nacional, o Instituto Moreira Salles, o Museu da Imperial Irmandade de N.S. da Glória...do Outeiro, o Museu Imperial, o Museu Histórico Nacional e o Museu Nacional de Belas Artes, além das coleções particulares das famílias Ferrez e Paula Machado.
A exposição, um novo marco nas comemorações dos 450 anos - traz uma seleção de obras, incluindo a famosa tela de João Francisco Muzzi, que retrata o incêndio que reduziu a cinzas o antigo recolhimento de Nossa Senhora do Parto, em 1789. Há litografias de G.Engelmann do início do século XIX, com vistas da entrada da Baía do Rio de Janeiro e da Igreja da Glória, além de litografias, aquarelas e desenhos de Debret e nos tipos e vendedores ambulantes retratados por Lopes, editados entre 1840 e 1841 pela litografia Briggs. Mapas, esboços, correspondência, layouts e documentos originais de várias épocas, que poucas vezes são exibidos ao público, completam a mostra.
Entrada actualizada el el 14 may de 2015
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