Noções de tempo, a perceção da sua passagem e a sua relação com a consciência da finitude humana são temas que têm sido recorrentemente explorados por diversos artistas contemporâneos. Esta exposição apresenta cinco perspetivas singulares sobre a ideia de temporalidade, assentes na circularidade e alheias a cronologias e a sucessões: a consciência da passagem do tempo através da apresentação de ações repetitivas (Bruce Nauman), circulares, aparentemente despropositadas (Ana Jotta); o confronto com o termo da vida (Thomas Schütte); o estabelecer de pontes entre a contemporaneidade e referências longínquas com o objetivo de revelar o impulso essencial e transversal a tempos e tendências na génese da prática artística (Rui Chafes); ou a imposição da obra de arte como objeto inclassificável (entre arte e design, entre pintura e escultura) e de impossível datação (Gerardo Burmester).
Estes cinco artistas estão neste momento representados na exposição Zéro de conduite no Museu de Serralves. Anda a...roda, para além de estabelecer uma relação de complementaridade com a programação de Serralves, permitindo aos visitantes do MMIPO um possível primeiro contacto com a Coleção da Fundação, dá a conhecer facetas destes artistas que não são exploradas em Zéro de conduite, ampliando decisivamente as leituras das práticas artísticas de Gerardo Burmester, Rui Chafes, Ana Jotta, Bruce Nauman e Thomas Schütte.
A exposição Anda a roda é organizada pelo Museu de Arte Contemporânea de Serralves em colaboração com o MMIPO, comissariada por Ricardo Nicolau, curador do Museu, e coordenada por Isabel Braga.
Entrada actualizada el el 27 jul de 2018
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