Exposición en Brasília, Distrito Federal, Brasil

Anima - Desenho e vídeo

Dónde:
Referência Galeria de Arte / SCLN 202, Bloco B Loja 11, Subsolo - Asa Norte / Brasília, Distrito Federal, Brasil
Cuándo:
07 dic de 2020 - 30 ene de 2021
Inauguración:
07 dic de 2020 / 10h
Horario:
De segunda a sexta, das 10h às 18h, e sábado, das 10h às 14h
Precio:
Entrada gratuita
Comisariada por:
Organizada por:
Enlaces oficiales:
Web 
Teléfonos:
+55 61 98162-3111
Correo electrónico:
referenciagaleria@gmail.com
Descripción de la Exposición
Até o dia 30 de janeiro de 2021, a Referência Galeria de Arte apresenta a exposição coletiva de acervo “Anima – Desenho e vídeo”, com obras de 12 artistas. A mostra é formada por desenhos de Alice Lara, Alex Cerveny, Athos Bulcão, Diô Viana, Fernando Lucchesi, Luiz Mauro, Marcelo Solá, Paulo Whitaker, Ralph Gehre, Raquel Nava e Virgílio Neto e vídeo de Karina Dias. A Referência Galeria de Arte fica na CLN 202 Bloco B Loja 11, Asa Norte, Brasília-DF. Telefone: +55 61 3963-3501. Visitação, de segunda a sexta, das 10h às 18h, e sábado, das 10h às 14h. O atendimento é realizado também pelas redes sociais Facebook @referenciagaleria e Instagram @referenciaarte, pelo e-mail referenciagaleria@gmail.com e pelo Wpp +55 61 98162-3111. De um lado, caneta, lápis, nanquim, grafite, guache, lápis de cor, carvão, bastão de tinta a óleo, aquarela sobre diversos tipos de papel. Do outro, dois vídeos apresentados ... em monitores de LCD. “”Anima – Desenho e vídeo” representa o sopro de vida que toda obra de arte contém, sendo capaz de desencadear sensações em quem se dispuser a ver, dialogar e questionar”, diz a galerista Onice Moraes. Em uma reflexão sobre a organização da mostra, o artista plástico Ralph Gehre comenta que reunir obras de artistas com linguagens tão particulares e sólidas permite um exercício curatorial eloquente e didático, confrontando trabalhos que ressaltam as qualidades alcançadas nas produções individuais, enquanto elucidam o alcance do desenho entre seus extremos: como forma própria de expressão ou instrumento de uma construção. O artista ressalta que vale questionar se um vídeo pode ou não fazer parte de uma mostra que aborda a temática do desenho. “A suposta ação que ali, nesses vídeos, se registra, descreve um conjunto de percursos em que se destacam o traçado de algumas embarcações sobre as águas ou de uma pessoa caminhando. Em resumo, temos um plano bastante estável (em cuja trama buscamos acontecimentos) e sobre o qual se registra, continuamente, um caminho sendo traçado. Pois o que seria isso, senão desenho?”, conclui. A seguir, estão reunidos alguns excertos de textos de curadores e depoimentos de artistas. Alex Cerveny Alex Cerveny gosta de se colocar mais como cronista do que como artista: “Invento histórias e coleto ideias de situações da vida cotidiana para contá-las”, explica ele. Isso se revela em seu trabalho como ilustrador de jornais - ele criou desenhos para as colunas de Carlos Heitor Cony, Joyce Pascowitch e Barbara Gancia no jornal “Folha de S.Paulo” -, função na qual ele tem de lidar com a urgência do “fechamento” das edições - ou de livros, suporte cujo processo é mais demorado e, segundo ele, há grande expectativa, seja do editor, do projeto pedagógico ou do escritor. “A ilustração é um departamento da arte combinado com um jeito de se relacionar com os outros e o mundo”, acredita. Cerveny transita ainda pela pintura e o desenho, tornando-os atividades complementares. “Quando a pintura está em processo e não consigo terminá-la, vou para o desenho para tentar encontrar um caminho para resolver essa pintura”, descreve. Enciclopédia Itaú Cultural - 2018 Alice Lara Em janeiro de 2020, Alice Lara apresentou pela primeira vez seus desenhos feitos com carvão sobre papel. Ela ressalta o interesse pela técnica como parte de seu processo de produção. “Senti a necessidade de dar protagonismo ao desenho, mesmo realizando-o com qualidade que entendo como pictórica, como manchas e texturas”, diz. Ela relembra que o debate sobre a diferença entre desenho e pintura rende discussões até hoje mesmo sendo bastante antigo. “Não sei se essa distinção de fato existe. Sempre fiz esboços em cadernos e delimitei as formas com carvão nas telas, então posso afirmar que sempre desenhei antes de pintar”, afirma a artista. Referência Galeria de Arte - 2020 Athos Bulcão Os desenhos de Athos Bulcão presentes nesta mostra foram apresentados pela primeira vez em 2005 na exposição “Athos desenha”, e fazem parte da publicação homônima organizada por Bené Fonteles, que também assina o texto, e pela Referência Galeria de Arte. “Os mais de sessenta desenhos de Athos, que compõem o livro são menos conhecidos que suas máscaras, pinturas, painéis em relevo e azulejos, mas representam uma parte significativa da sua obra que povoa o imaginário da arte brasileira.“ Onice Moraes - 2005 “Estes desenhos que ora vertem lembranças de carnavais antigos, ora soam brincadeiras da criança que nele se eternizaram, tornaram-se vivência de uma natureza que ele nunca separou de si mesmo.” Bené Fonteles - 2005 Diô Viana “... O artista vai retirando da mapoteca suas gravuras, pinturas, colagens e desenhos (que também são desenhos-gravuras, pinturas-desenhos, pinturas-gravuras) para me mostrar, enquanto me conta de seu processo de criação. Se, em um primeiro momento, o retirar, o manchar, o esfregar, os efeitos da impressão, das ferramentas e dos matérias sobre o papel dão a sensação de tratar-se de imagens abstratas, em um segundo momento, é possível identificar, aqui e ali, a liquidez de um lago correndo sobre um fundo de seixos cobertos de musgos, folhas de árvores voando pelo ar, manchas que podem ser entendidas como pedras, contornos que podem ser vistos como troncos de árvores, mapas que desenham cartografias e, até, figuras geométricas que lembram construções humanas, fachadas, cidades imersas no meio do azul, do verde e do vermelho.” Rubens da Silva Sá – professor doutor da FAV/UFG Fernando Lucchesi “Suas primeiras obras inserem-se no contexto da arte mineira, seus temas (a paisagem rural e urbana, a relação com o literário, etc.) e práticas (aqui em especial o desenho). Mas dá outro direcionamento a estes motivos. Valoriza o traço solto, mais rude, distinto do viés precioso, intelectual, de estéticas dos anos 1970. Movimento indicado de explicar o ato de desenhar, implícito na imagem. Matéria posta a serviço de delicadas fantasias ópticas, que surge da geometria descompromissada com a linha reta, algo emocional de caprichosa engenharia... Se este aspecto carrega herança de ensino de Guignard, nas obras do artista não tem o mesmo objetivo de síntese nem de economia formal, mas é utilizada para produzir exacerbação visual, a serviço da reenergização da representação das superfícies e dos signos.” Walter Sebastião - 2014 Karina Dias Orla é um vídeo-objeto composto por duas caixas pretas fixadas na parede. Caixas-observatório que abrigam dois vídeos onde vemos a extremidade do Lago Paranoá em Brasília. Na primeira, vemos a artista, a pé, indo e vindo, cruzando esse espaço limítrofe que a separa da água. Na segunda, acompanhamos o vai e veem das embarcações que cruzam a estreita faixa filmada. Cria-se aqui pelo fluxo das imagens uma espécie de tempo-paisagem constituído pelo percurso da artista, pelo movimento do/no lago e pelo estranho espaço que os circunda. Orla-bucólica, orla-artifício. Kariana Dias – 2018-2020 Luiz Mauro “O ateliê é assunto da série de trabalhos que o artista goiano Luiz Mauro tem realizado nos últimos três anos. São obras que representam os locais de produção de obras de arte, ambientes geralmente isolados tidos como mundos particulares onde os artistas gestam, concebem e executam suas criações. Não é o seu próprio ateliê que ele representa, mas sim ateliês de importantes artistas da História da Arte Moderna e Contemporânea... São imagens cujas autorias geralmente não são mencionadas e que participam do circuito de arte como instrumentos de divulgação e de fetichização dos artistas, alimentando a curiosidade pública sobre a privacidade dos ateliês.” Divino Sobral - 2014 Marcelo Solá “Marcelo Solá parece não pretender a completude de nada; a vida é, ela mesma, essa vaga que se dissolve sem sentido, sem eternidade. O desenho é vivo, como as formas inacabadas de um universo em explosão, onde as coisas passam a ser apenas vestígios do que foram, ou do que poderiam ser. Talvez ele não acredite que seja mais possível reconstruir uma identidade fixa e estanque para as ideias, nem para os sentimentos. As coisas passam a se concentrar em pequenos núcleos de significação esparsos e móveis, flutuantes na imaginação, flutuantes na página. Mesmo as grandes manchas negras que aparecem nos desenhos, e agora também em pinturas, não são uniformes, lineares, sua densidade é rarefeita, o peso, incerto, como fumaça ou cinzas com corpo - frozen smoke body-. Fumaça, mobilidade, escassez, linhas soltas, palavras desconexas, esse é o mundo das incertezas em que navega a obra de Solá”. Ligia Canongia - 2012 Paulo Whitaker “Um dos pontos principais de sua produção pictórica, parece, reside na oposição entre grandes áreas monocromáticas (quase sempre brancas ou negras) e um ou outro desenho ou mancha feitos a pincel, formas que tendem a potencializar a área monocromática... No entanto, por mais que os sentidos possíveis da produção pictórica de Whitaker indiquem a riqueza de sua contribuição para a pintura mais recente, frente aos seus trabalhos sobre papel nota-se que as possibilidades de sua contribuição para a arte atual tendem a ser ainda mais amplas, mais desestabilizadoras de alguns cânones já cristalizados durante o período moderno... Para a produção de seus papéis, nota-se na maioria dos casos que o artista se utiliza de certos expedientes presentes em suas pinturas: grandes áreas que suportam aqui e/ou ali uma forma, uma mancha. Nesses microuniversos que nunca se revelam em sua inteireza lógica (a desarticulação entre figura e fundo aqui é ainda mais potencializada), ocorrem certos abalos de linguagem que revelam de maneira mais cabal a própria poética do artista. Tadeu Chiarelli - 1997 Ralph Gehre “O desenho ocupa lugar fundador e é a ele que tudo parece retornar. Refiro-me não apenas ao desenho esboço, desenho registro, desenho guia, mas ainda ao desenho como instrumento que acompanha a leitura posterior (ainda que intuída) de uma obra de arte. Existe sempre uma estrutura imaginária que a sustenta, formada por linhas de desenho nem sempre evidentes. Um arcabouço sobre o qual a imagem ou obra se organiza, guiando a formulação de um entendimento. Depois de pronta, qualquer que seja a obra, o que avistamos nos chega como desenho primordial. As linhas de perspectiva, o plano, os volumes, o contorno de um objeto ou figura, tudo nos faz retornar ao desenho. Lembremos que a grafação de uma coreografia, a partitura de uma música e a escritura de um livro são também variações do desenho”. Ralph Gehre - 2020 Raquel Nava “Conduzida com docilidade pelos materiais, Raquel Nava não desenha o que deseja criar. Sobrepõe e extrai massas de tintas, inverte posições na hora da secagem, deixa bolhas virarem volumes, incorpora folhas de alumínio. Nessas superfícies vitais, paisagens inesperadas por darem a sensação de inacabado, ela devolve-nos também a antiga questão? A pintura é o que um faz ou o que um vê? ... Questões ampliadas pela série de desenhos em que a dimensão intuitiva recrudesce, agora sob o uso metonímico do papel de embrulho de carne. No suporte barato, muito usado em açougues do passado, ela organiza composições usando o bastão de pastel a óleo. Traços soltos, orgânicos, que espalham no ar beleza agreste. Na busca por definir uma atitude perante o mundo, a força da obra de Raquel Nava radica na recusa em abandonar o conforto com as asperezas do real, reunindo saberes e sensações na tentativa de chegar a alguma substância das coisas e dos seres.” Graça Ramos - 2015 Virgílio Neto “Os desenhos são como uma arqueologia da cena diária, é como se você estivesse vendo os restos de um dia. tem a ver com os primeiros desenhos, uma espécie de coleção imagética pessoal de coisas que me interessam, que vem de uma forma estranha, porque não tem hierarquia exata. Um tecido na rua ou uma mancha no chão podem me chamar a atenção. Essas coisas se conectam por uma espécie de classificação minha de interesse meu de como vou colocar isso junto.” Virgílio Neto - 2018 25 anos de Referência Em novembro, a Referência completou 25 anos de presença no mercado de arte brasileiro, contribuindo para a divulgação da produção de artistas de Brasília e do Brasil, com a realização de mostras coletivas e individuais, empréstimo de obras para exposição em instituições públicas como o Museu da República em Brasília e o MASP, São Paulo, e a participação em feiras nacionais e internacionais. Artistas representados pela Referência: Adriana Rocha, Adriana Vignoli, Alex Cerveny, Alice Lara, André Santangelo, Carlos Vergara, Christus Nóbrega, Claudio Tozzi, Clarice Gonçalves, David Almeida, Elyezer Szturm, Evandro Soares, Fred Lamego, Gê Orthof, João Angelini, José Roberto Bassul, Karina Dias, Luiz Áquila, Luiz Mauro, Marcelo Feijó, Marcio Borsoi, Patrícia Bagniewsky, Patricia Furlong, Paulo Whitaker, Pedro Gandra, Ralph Gehre, Raquel Nava, Rogério Ghomes, Talles Lopes, Veridiana Leite, Virgílio Neto, Walter Goldfarb e Zuleika de Souza.

 

 
Imágenes de la Exposición
Orla - Vídeo de Karina Dias

Entrada actualizada el el 06 dic de 2020

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