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Como silenciar o canto dos pássaros

Exposición / Galeria Bruno Múrias / Rua Capitão Leitão 10-16 / Lisboa, Portugal
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Cuándo:
15 mar de 2025 - 17 may de 2025

Inauguración:
15 mar de 2025

Precio:
Entrada gratuita

Organizada por:
Galeria Bruno Múrias

Artistas participantes:
Paulo Lisboa

ENLACES OFICIALES
Web 

       


Descripción de la Exposición

Even I already feel a World within Opening its gates & in it all the real substances Of which these in the outward World are shadows which pass away Raramente é o rebordo temporal das imagens de Paulo Lisboa elementar. Seja por vias da dúvida ou da estranheza formal, verifica-se nos seus trabalhos uma intemporalidade permanente (tanto numa compreensão histórica, como na sua própria difícil classificação plástica) que confunde uma premeditação evidente e a distorce. Estes retornos poderão ser frequentemente potenciados pela circularidade presente em alguns trabalhos ou pela compreensão intuitiva acerca da indexicalidade que permeia a sugestão da espiral, do halo, da circulação centrífuga e do túnel que constantemente reconfiguram o potencial contemplativo que detêm sobre sua influência (ótica e metafísica). Face a uma impermanência háptica no que respeita a matéria, a superfície e a natureza das suas imagens, reside precisamente na perceção dos limites da luz e da sombra a tentativa, ainda que fugaz, de capturar uma imagem que possamos compreender como final. Ainda que de um modo dissimulado e vagamente obscuro, é possível pressentir no conjunto de trabalhos que permeia a exposição a presença de uma qualidade pictórica outrora mais silenciosa na obra do artista. Quer isto dizer que se assimila um grupo de signos inteligíveis e passíveis de uma análise visual consideravelmente mais concretos e claros do que no passado, por sua vez profundamente encriptados. Paradoxalmente, é talvez essa incerteza de um corpo ou movimento a ser velado que complexifica a sua nomeação e consequente ressignificação, como um vulto de um abutre que repousa sobre um cemitério olhando o chão. Distribuídas quase como ícones numa lógica eclesiástica, as sete imagens organizam-se seguindo uma ausência hierárquia, por sua vez mais próxima de uma narrativa clássica que referencia ambos os momentos anteriores e posteriores à presença de cada objeto individual. Mantos e farrapos de luz são assombrados pelo rastejar de um qualquer ser ou membro por si coberto, simultaneamente acompanhados pelo dispersar de balas ou frutos que se evadem em moscas à espera de neles pousar. Resultados de um rigoroso processo de degradação matérica através de uma particular incidência lumínica, a composição física das flanelas negras é separada e reagrupada novamente, destruindo o tingimento negro do corpo que as sustém e repousando novamente em luz o decaimento da sombra. Apesar da complexidade dos gradientes (tonos e harmoge) e velaturas íntimos às imagens pertencerem de uma forma evidente ao pensamento pictórico e à dialética da pintura, tal só é possível devido à destruição pura da matéria, exercendo sobre a composição dos trabalhos uma lógica de subtração e reaproximando-os a um pensamento escultórico. Esta queima lenta onde o caos e o incêndio parecem sussurrar a sua chegada, é singelamente compassada ou, poderíamos dizer, compensada, pela presença de um feixe de luz pleno e estável que se encontra isolado ao fundo da exposição, estabilizando ambas as paredes adjacentes. Surgindo como a exceção na exposição, esta imagem age simultaneamente como um pêndulo e uma chama, devolvendo ao grupo de trabalhos a certeza do espelhamento entre a sua origem e o seu fim. Assim como Plínio recorda a história do silenciamento do canto dos pássaros através da introdução da imagem de uma serpente junto ao seu ninho, também aqui é o observar para além da visão que traduz nos presságios circundantes símbolos e segredos frutos da cegueira. Já não há plano. Eva Mendes


Entrada actualizada el el 07 may de 2025

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View of the exhibition "Como silenciar o canto dos pássaros" (2025) © Galeria Bruno Múrias

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