Descripción de la Exposición ------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------- A exposição (Cortar) Texto Sem Palavras de Fernanda Fragateiro na Baginski, Galeria/ Projectos é composta por um conjunto de peças inéditas cuja relação dinâmica ultrapassa a mera afinidade do repertório formal do espaço minimalista, desdobrando-se em subtis associações de ordem conceptual nas quais a noção de corte se assume como elemento fundamental. Os objectos concebidos por Fernanda Fragateiro resultam da meticulosa intervenção da artista sobre publicações de Arte e Arquitectura, livros, periódicos e catálogos, cuja subtração de matéria serve como meio de os autonomizar da sua função original. Este gesto revela uma atitude que a artista entende de delicadeza para com o Mundo, afirmando na destruição a possibilidade de criação. A teoria, que densifica discursos sobre Arte e Arquitectura, é assim tornada imagem e tomada enquanto corpo que presentifica o objecto artístico. Esta requalificação enquanto material escultórico impresso não surge, no entanto, imune às conotações teóricas anteriores, que necessariamente se repercutem na sua nova identidade objectual, fazendo coincidir assunto e médium. A escolha de publicações dos anos sessenta e setenta reside não só nos sistemas de impressão então utilizados, munidos de qualidades de natureza pictórica no seu cromatismo e composição, mas também pelos contextos que evocam, de mudanças a nível social, político e artístico. Fernanda Fragateiro propõe deste modo uma reflexão acerca dos dispositivos de construção, preservação e circulação de assunto, e consequentemente, de memória. A possibilidade de tradução e produção de espaço através destes sucedâneos visuais e textuais na Arte e Arquitectura é motivo presente em peças como Concetto Spaziale, Depois de Lúcio Fontana, 2012, devolvendo as cesarianas do artista italiano à bidimensionalidade do plano pictórico, ou ainda Building Blocks, onde a lógica modular formada pela matéria impressa transformados em blocos usa o vocabulário modernista evocado pelo título. A alusão ao jargão dos processos de edição contemporânea (cut, copy, paste) reflecte não só o corte físico que produz o objecto, seja através do corte de guilhotina, do desmembramento e destacamento do material impresso, ou pelos invólucros que impedem a possibilidade de leitura, como devolve também para a artista a possibilidade de assumir o controlo derradeiro na reescrita dos assuntos abordados pelas diversas fontes impressas que utiliza, propondo a sua releitura através da abertura de novos alçados. Fernanda Fragateiro (Montijo, 1962) vive e trabalha em Lisboa. Com uma obra multifacetada, Fernanda Fragateiro explora o espaço nos seus diversos significados e manifestações fenomenológicas, sejam arquitectónicas, escultóricas, privadas e públicas, temporais e sociais. O seu trabalho altera e reconfigura espaço através de objectos e intervenções urbanas e na paisagem, alterando o espaço e a sua percepção e significado. Variando na escala e nos suportes utilizados, o trabalho da artista mantém um estilo marcadamente definido, nascido de uma estética minimalista da forma, cor e textura. O trabalho de Fernanda Fragateiro foi exposto na Dublin Contemporary (2011), Irlanda; na Trienal de Arquitectura de Lisboa (2010), bem como em instituições públicas e museus, tais como a Fundação Marcelino Botín, Santader, Espanha (2009); IVAM, Valência, Espanha (2008); Centro Cultural de Belém, Lisboa (2006); Fundação de Serralves, Porto (2005); Fundacão 'La Caixa', Caixa Forum, Barcelona, Espanha (2004); Culturgest, Lisboa (2003). Depois de Conteúdo Desconhecido, em 2009, (Cortar) Texto Sem Palavras é a segunda exposição individual da artista na Baginski, Galeria / Projectos.
Segunda exposición individual de la artista en la galería.
Formación. 30 oct de 2025 - 11 jun de 2026 / Museo Nacional del Prado / Madrid, España