Ecos Mecânicos: A máquina de escrever e a prática artística
Dónde:
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP) - MAC Ibirapuera / Pavilhão Ciccillo Matarazzo, 3° piso Parque Ibirapuera / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
A máquina de escrever evoca um passado próximo que destoa no mundo digital. Como uma espécie de tipografia padrão, funcionou como uma prensa portátil e acessível capaz de associar a escrita, a fala e a publicação, além da sonoridade característica de suas teclas que a torna um instrumento musical percussivo. As duas faces – histórica e artística – são abordadas pela curadora Cristina Freire, docente do MAC USP, na exposição Ecos Mecânicos: A Máquina de Escrever e a Prática Artística.
A mostra revela o papel de um inventor brasileiro de meados do século XIX, o padre paraibano João Francisco de Azevedo (1814-1880), que desenvolveu uma máquina de escrever no contexto de uma sociedade colonial e escravocrata. Além disso, a exposição pontua a trajetória da máquina de escrever com base em exemplares e documentos da coleção do Museu Paulista (MP) e do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) - instituições ligadas à Universidade...de São Paulo.
No núcleo artístico, a mostra investiga o emprego da máquina de escrever por artistas de várias matrizes e idades, a partir de obras que empregaram a datilografia e sua potência ao longo de quase um século. São 86 obras de artistas como Vera Chaves Barcellos, Julio Plaza, Eduardo Kac, Élida Tessler Mira Schendel, Augusto de Campos, Décio Pignatari, Haroldo de Campos, Glauco Mattoso e Ruth Rehfeldt entre tantos outros. A lista inclui trabalhos da poesia concreta e de artistas das décadas de 1970 em diante, até os mais contemporâneos, de diversas nacionalidades.
Entrada actualizada el el 17 dic de 2019
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