Em sua primeira exposição individual no Museu de Arte Moderna da Bahia, realizada pela Galeria Leme/AD, Ana Elisa Egreja apresenta um conjunto de pinturas que marcaram a sua trajetória desde 2008, ano que foi uma das ganhadoras do 15º Salão da Bahia, no mesmo local.
Cobogós é um trabalho inédito feito para esta exposição. Com 3,3 x 5,9 m, pode se chamar de uma pintura-instalação composta por 169 telas, representando o jardim de uma casa abandonada e seu reflexo num espelho d’água, através dos cobogós, elemento típico da arquitetura moderna brasileira.
Fabulações, título da exposição, exprime a essência daquilo que seria o elemento principal do trabalho da artista - a criação de uma narrativa fantástica, marcada pela composição complexa e pela reprodução minuciosa de materiais e texturas. Suas telas materializam cenas nas quais as idéias de domesticidade e de abandono convivem com a presença arquitetônica e os gêneros clássicos da história da...arte, como a natureza morta e a pintura de interior.
Projetos como Jacarezinho,92, 2017 e Casa Campo Verde/Rino Levi, 2018, no entanto, mostram um novo modo de produção das pinturas, que passaram então a retratar instalações encenadas nestas casas. Cada um dos projetos deu origem a uma serie de pinturas, como Poça II e Cobogós - o alagamento da casa Campo Verde. Mais uma vez o trabalho tem origem no convívio com as memórias guardadas na arquitetura, os traços de presença familiar e o silêncio dos interiores abandonados.
Sobre a artista:
Ana Elisa Egreja. São Paulo, Brasil, 1983. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.
Formada em artes plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado.
Exposições individuais: Interiores, SESC, Ribeirão Preto, Brasil; Jacarezinho 92, Galeria Leme, São Paulo, Brasil (2017); Da Banalidade: vol.1, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil (2016); Galeria Leme, São Paulo, Brasil (2013), Dark Room, Galeria Laura Marsiaj, Rio de Janeiro, Brasil (2010); Temporada de Projetos, Paço das Artes, São Paulo, Brasil (2010).
Exposições coletivas: Crossing the borders of photography, Somerset House, Londres, Reino Unido (2019); Through the looking glass, Palazzo Capris, Turim, Itália; 20º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil, São Paulo, Brasil); Toda janela é um projétil, é um projeto, é uma paisagem, Galeria SIM, Curitiba, Brasil; Vértice - Construções, Centro Cultural dos Correios, São Paulo, Brasil (2016); Seven Artists from São Paulo, CAB Contemporary Art, Bruxelas, Bélgica (2012); Os primeiros dez anos, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil; Arte Lusófona contemporânea, Memorial da América Latina, São Paulo, Brasil (2011); Projeto Tripé, Sesc Pompéia, São Paulo, Brasil; Energias na arte – Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil (2009); 2000 e oito. Novos artistas para novas pinturas, Sesc Pinheiros, São Paulo, Brasil (2008); entre outras.
O seu trabalho integra coleções tais como: Franks-Suss Collection, Londres, Inglaterra; MAM - Museu de Arte Moderna da Bahia, Brasil; Coleção Santander, Brasil; Fondazione Sandretto Re Rebaudengo, Turim, Itália; Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil e MAR, Rio de Janeiro, Brasil.
Entrada actualizada el el 28 ago de 2019
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