A exposição desenvolve-se em quatro capítulos (um para cada sala) e guia-se por uma linha narrativa livre e especulativa, em torno das condicionantes para a sobrevivência — tanto física como cultural — no mundo.
Ao longo dos últimos dez anos, o trabalho de Romão tem contemplado uma grande diversidade de suportes, da poesia à escultura, instalação ou vídeo. Em última análise, o seu trabalho centra-se no corpo humano, concentrando-se na sua interação — muitas vezes problemática — com macroestruturas culturais e históricas, ambientais ou económicas através de uma extensa coleção de pequenas ações, objetos e apropriações. Fortemente ancorado na poesia, o trabalho de Romão utiliza ou apropria materiais de um modo especulativo, enraizado nos legados do surrealismo e do barroco — no que pode ser entendido como uma sabotagem contínua de códigos e expectativas.
No primeiro capítulo da exposição, o público encontra um grande modelo em plexiglas do telhado de uma fábrica...em que a iluminação se vai obscurecendo progressivamente, recriando um pôr do sol. Este é o começo da surreal viagem noturna proposta por Fauna. A mesma sala apresenta um gerador elétrico polinizado por flores de acácia. A presença destas espécies, ditas «invasivas» devido ao seu comportamento agressivo, à sua proliferação descontrolada e à grande adaptabilidade ambiental, será recorrente ao longo da exposição.
Entrada actualizada el el 28 feb de 2019
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