Adrián Balseca (1989, Quito, Equador) realizará uma instalação na Capela do Morumbi, unidade do Museu da Cidade de São Paulo, em diálogo com sua história. Com elementos ensaísticos, sua pesquisa aborda dinâmicas extrativistas e seus impactos ao meio-ambiente. Participou da 21ª Bienal de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil (São Paulo, SP, 2019) e da 1ª osloBIENNALEN (Noruega, 2019 - 2024). É membro fundador do grupo La Selecta-Cooperativa Cultural e parte do coletivo de arte comunitária Tranvía Cero, ambos com sede em Quito.
As paisagens críticas de Adrián Balseca
Ao investigar questões socioambientais de seu país, o trabalho do equatoriano Adrián Balseca trata de temas comuns ao Brasil e a todo o continente latino-americano. Com foco nos impactos dramáticos das dinâmicas extrativistas na Amazônia, o artista nos provoca a ver e a pensar de modo amplo sobre o avanço catastrófico que a modernidade realiza na natureza e a falência desse modelo.
Ocupando uma das unidades do...Museu da Cidade de São Paulo – a Casa do Sertanista (que em breve terá seu nome substituído por Casa do Caxingui) –, Balseca apresenta em Plantasia Oil Company o tenso diálogo entre paisagens selvagens e domesticadas. A escolha do local não é aleatória, uma vez que nesse espaço o Museu busca acolher ações voltadas às temáticas da arte e da cultura dos povos originários.
Resultado da parceria institucional entre o Museu e a Fundação Bienal de São Paulo, o trabalho integra a proposta de apropriação da cidade, uma das marcas dessa edição da Bienal, que tem o instigante título Faz escuro, mas eu canto.
Com esta exposição o Museu da Cidade de São Paulo mais uma vez se alinha à visão de que a arte configura uma esfera de resistência e transformação frente aos desafios da atualidade.
Marcos Cartum
Diretor
Departamento dos Museus Municipais
Museu da Cidade de São Paulo
Entrada actualizada el el 30 ago de 2021
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