Please do (not) touch incide sobre a recente necessidade de amplificação do tacto enquanto sentido decisório nos processos comunicacionais, numa sociedade que privilegia uma abordagem e contacto áudio-visual que medeia, qual filtro, a nossa experiência directa, relegando para segundo plano a nossa inata capacidade de acção. Desempenhando sobretudo um papel de receptores de uma realidade sintetizada e filtrada pelo olhar de outros, torna-se inevitável o reforço e a ampliação das nossas experiências sinestésicas e a (re)calibração dos nossos sentidos. Esta exposição, enfatiza a reconfiguração do Toque no desenvolvimento necessário de uma nova linguagem gestual e corporal, adaptada ao desenvolvimento tecnológico e à recente percepção digital que este exige. Reflecte em como os novos dispositivos touch screen (com interface táctil) vieram lançar um novo paradigma e reformular o tacto . Novos códigos são gerados a partir da ponta dos dedos que se tornam “órgãos” que geram escolhas. Neste novo mapeamento da...tactilidade, o toque passa a ser apenas parcial. O toque/experiência real é mediado por dispositivos que nos afastam do corpo. Na exposição Please do (not) touch, será apresentado um conjunto de obras que por um lado reforçam esta realidade e que por outro apelam à nossa reconexão, numa experiência directa e real, sem filtros ou intermediários.
Entrada actualizada el el 08 may de 2019
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